domingo, 15 de maio de 2011


Escala

Definição: Escala Musical é a ordenação sucessiva de sons não maiores que uma segunda.

Existem diversos tipos de escala, cada uma se prestando a um determinado estilo musical, assim temos escalas de Jazz, de Blues, de música barroca, etc.
Mas o nosso interesse aqui não são estas escalas citadas acima e sim a Escala Natural a partir da qual são construídos os acordes.
A Escala Natural é formada de dois tetracordes (acordes de 4 notas) separados por um intervalo de um tom. Cada tetracorde possui os intervalos tom, tom, semiton.

Exemplo:

Usaremos a escala de C (lê-se dó). Assim temos C D E F G A B C (lê-se dó ré mi fá sol lá si dó) que é a escala natural de C. Vejamos porque.

I   II  III   IV   V   VI  VII  VIII   --> graus
C D E F G A B C --> notas
1 1 1/2 1 1 1 1/2 --> intervalos

obs: as cifras acima não representam acordes e sim notas.

Assim temos o C (lê-se dó) como o primeiro grau da escala e entre C e D (lê-se dó e ré) temos um intervalo de 1 tom (C C# D). Entre D e E, segundo e terceiro graus da escala, temos um intervalo de 1 tom (D D# E). Entre E e F, terceiro e quarto graus da escala temos um intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (E F), pois E não possui # (sustenido).
Entre o quarto e quinto graus da escala, de F para G, temos um intervalo de 1 tom separando o primeiro tetracorde do segundo.
Entre o quinto e sexto graus temos um intervalo de 1 tom (G G# A). Entre o sexto e sétimo grau temos um intervalo de 1 tom (A A# B).
E finalmente entre o sétimo e o oitavo graus temos o intervalo de 1/2 tom (1 semiton) (B C) pois o B não possui sustenido. Obs: Mi (E) e Si (B), ou seja, as notas terminadas em "i" não possuem sustenido.
Com isto temos que a fórmula para se construir uma Escala Natural é dois tetracordes de tom, tom, semiton separados por um intervalo de 1 tom.
É por isto que a escala de C não possui acidentes (sustenidos ou bemois), o que não acontece com outras escalas, que possuem os seus acidentes específicos.

Vejamos a escala de D:

I II III IV      V  VI VII VIII
D E F# G A B C# D
1 1 1/2 1 1 1 1/2

Entre E e F existe apenas 1 semiton, já que E não possui sustenido, por isso foi necessário acrescentar um sustenido em F para que a nossa fórmula se cumpra, ou seja o intervalo deve ser de 1 tom entre o segundo e terceiro graus da escala natural, portanto no caso desta escala específica temos ( E F F#) entre o segundo e terceiro graus da escala.
Entre o terceiro e quarto graus temos um intervalo de 1 semiton, (F# G).
Entre o sexto e sétimo graus da escala temos um intervalo de 1 tom, por isto fomos obrigados a acrescentar um sustenido em C, assim temos (B C C#) entre o sexto e sétimo graus da escala de D.
Entre o sétimo grau e o oitavo temos apenas um semiton, ou seja, (C# D). Nota-se que o primeiro e o oitavo graus são a mesma nota, a diferença entre elas dá-se na altura do som, o oitavo grau está uma oitava acima do primeiro grau portanto mais aguda.
Descobrimos que a escala de D possui dois acidentes, um em F e outro em C e neste caso espcífico ambos são sustenidos.
Com estas informações você será capaz de construir todas as escalas naturais dos respectivos tons, prossiga, como exercício construindo as escalas de E F G A e B (e não se esqueça, lê-se, mi fa sol lá e sí). Descubra por você mesmo quantos acidentes existem em cada tonalidade, quais são (se bemois ou sustenidos), etc. Lembre-se que os acidentes são característicos das suas respectivas tonalidades, pode-se reconhecer uma escala pelo seu número de acidentes e quais são.
É importante frisar também que o primeiro grau é que dá nome a escala.

E Mais, faça tabelas com as escalas e montando parti dai os campos harmônicos!!!!!!

Abraços!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011


Como os acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA, acordes que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de relativas (A primeira nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota é ela mesma, além disso, se fosse igual seria a mesma nota).

Ex: Acordes Relativos

C-Am
D-Bm
E-C#m
F-Dm
G-Em
A-F#m
B-G#m
C#-A#m
D#-Cm
F#-D#m
G#-Fm
A#-Gm

quarta-feira, 23 de março de 2011

Campo Harmônico Maior

Muitos Guitarristas acham que musica se baseia em solos rapidos com técnicas de palhetadas e sweeps, arpejos no estilo Malmsteen e tudo mais, e esquecem que por trás de tudo isso, existe uma harmonia tonal ou modal, e que elas são mais importantes do que solos rapidos, porque é por ela que escolhemos a escala a ser usada, as notas que que soam bem, por isso acho esse assunto muito importante.

O Campo Harmonico maior nada mais é que uma familia de acordes dentro de uma tonalidade.

Então temos :

Graus da Tonalidade ( Tríades e Tétrades )

I Grau- Maior- Também chamado de Tônica

II Grau- Menor- Também chamado de Supertônica

III Grau- Menor- Também chamado de Mediano

IV Grau- Maior- Também chamado de Subdominante

V Grau- Maior- Também chamado de Dominante

VI Grau- Menor- Também chamado de Superdominante

VII Grau- Menor c/ 5Diminuta- Também chamado de Sensível

VIII Grau- Maior- Também chamado de Repetição da Tõnica

Ex: Escala de C Maior- C D E F G A B

Agora vamos ver cada nota como acordes.

Ex: Campo Harmônico Maior- Tríades

C Dm Em F G Am Bm5b C

Ex: Campo Harmônico Maior- Tétrades

C7+ Dm7 Em7 F7+ G7 Am7 Bm7 5b

Espero que tenham entendido, qualquer duvida, meu email é wkcy@hotmail.com




Logo posto Campo Harmônico Menor e Tabelas do campo Harmônico!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Escala

É uma série de sons ascendentes ou descendentes na qual o último será a repetição do primeiro uma oitava acima ou abaixo. A escala pode ser maior ou menor.

MAIOR













Mi Sol Si

Este é o exemplo da escala de Dó maior tomada como padrão por não possuir acidentes. Para construir a escala maior nas demais alturas, basta seguir o mesmo modelo em relação aos intervalos de um grau para outro:

* Intervalos de semitom entre os graus III---IV e VII---VIII e de tom entre os demais graus.

MENOR









Si Mi Sol

Este é o exemplo da escala de Lá menor que também é tomada por base por não possuir acidentes. A diferença é que os Graus III, IV e VII são abaixados.

Escalas relativas

O sexto grau da escala maior é a sua relativa na escala menor. Possuem acidentes iguais mas tônicas diferentes. É o exemplo das escalas de Dó maior e Lá menor.

Acorde

É o conjunto de três ou mais sons ouvidos simultaneamente. Pode ser também arpejado quando as notas são ouvidas sucessivamente.

Cifra

Símbolos criados para representar o acorde de uma maneira prática. É composta de letras, números e sinais. É o sistema predominante usado em música popular para qualquer instrumento.

Em cifra, os nomes Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e Sol são substituídas pelas sets primeiras letras do alfabeto.

A – Lá

B – Si

C – Dó

D – Ré

E – Mi

F – Fá

G – Sol

Os números e sinais usados na cifra representam os intervalos da escala, a partir da fundamental, em que são formados os acordes.

Tomemos o exemplo de C7(#9).

C quer dizer Dó. O número 7, o intervalo de sétima menor a partir da fundamental Dó. E o # ao lado do 9, a nona aumentada.

O que a Cifra estabelece

1. Tipo dos acordes [maiores, menores (indicados por um ´´m´´minúsculo ao lado da letra ou “M” maiúscula).

2. Eventuais alterações (5ª aumentada ou diminuta, 9ª menor)

3. Inversão do acorde (3ª, 5ª ou 7ª no baixo)

*Baixo é a nota mais grave do acorde.

O que a Cifra não estabelece( livre escolha do executante)

1. A posição do acorde

2. Ordem vertical ou horizontal

3. Dobramentos e supressões de notas do acorde.

Pode-se dobrar, triplicar ou suprimir: 5 justa e a fundamental. O dobramento da Terça deve ser evitado (enfraquece o acorde) e a fundamental só pode ser suprimida se um outro instrumento tocar o baixo.

Formação do acorde

O acorde pode ser formado por três, quatro ou mais sons.

Tríade

Formada pelo agrupamento de 3 notas separadas por intervalos de terças e pode ser maior, menor, diminuta ou aumentada.

1. Formação da tríade maior

É formada pela fundamental (1), Terça maior (3M) e Quinta justa (5J) e se caracteriza pela superposição de uma Terça maior e de uma menor.

2. Formação da tríade menor

É formada pela fundamental, Terça menor (3m) e Quinta justa e se caracteriza pela superposição de uma Terça menor e uma maior.

3. Formação da tríade diminuta

É formada pela fundamental, Terça menor e Quinta diminuta(5b) e se caracteriza pela superposição de terças menores.

4. Formação da tríade aumentada

Formada pela fundamental, Terça maior e Quinta aumentada (5#) e se caracteriza pela superposição de terças maiores.

Tétrade

È o agrupamento de quatro sons separados por intervalos de terças superpostas.

Ex.

C7M ou C7

*Usa-se o parênteses na cifra para separar o som básico da tríade, ou mesmo para uma melhor visualização.

Acorde no seu estado fundamental

É quando o baixo é a fundamental ou tônica.

Acorde invertido

É quando a quinta, terça ou sétima vai para o baixo. Dizemos que ele está na 1º, 2º e 3º inversão respectivamente.

Ex.

C/E C/G C/Bb

* O numerador indica a fundamental e o denominador a nota do baixo.

Categoria dos Acordes

Maior

Se caracterizam pela fundamental, Terça maior, Quinta justa e nunca possuem a sétima menor.

Menor

Se caracterizam pela fundamental, Terça menor e Quinta justa.

Sétima dominante

Os acordes de sétima dominante se caracterizam pelo intervalo formado entre a Terça maior e a sétima menor, dando origem ao som preparatório ou de tensão. Ainda nessa categoria, encontramos o SubV7 que é o acorde substituto do V7. É encontrado um semitom acima do acorde que se quer resolver.

Ex. No campo de Dó:

C | Em | G7 | C || C | Em | Db7 | C ||

sétima Dim.

Caracterizado pela fundamental, Terça menor, Quinta diminuta e é construído sobre o VII grau da escala.

Pelo fato do acorde diminuto estar separado por intervalos de Terça menor (dividindo a oitava em quatro partes iguais), um mesmo acorde diminuto pode se desdobrar em quatro, isto é, cada uma das quatro notas pode ser a fundamental de um novo acorde diminuto, sendo acordes equivalentes.

São três os acordes diminutos( B°, C° e Db°). Os demais são desdobramentos ou inversões desses.

Função tonal ou harmônica dos acordes

Em música temos momentos instáveis, estáveis e menos instáveis, e são essa variações que motivam a continuidade da música até o repouso final.

Função Tônica

Função de sentido conclusivo (estável). Geralmente é o acorde que finaliza uma música. O acorde principal é o I grau e pode ser substituído pelo III e VI graus.

Função Dominante

Função de sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica. O principal acorde é o V e pode ser substituído pelo VII.

Função Subdominante

Função de sentido meio suspensivo, pois se apresenta de forma intermediária às outras funções.O principal acorde é o IV e pode ser substituído pelo II.

Seqüências harmônicas formadas sobre os graus da escala

Tríades diatônicas

Formadas apenas com as notas da escala ou de uma tonalidade.

3M 3m 3m 3M 3M 3m 3m
I IIm IIIm IV V VIm VIIm
C Dm Em F G Am

3m 3m 3M 3M 3m 3m 3M

Im IIm III IVm Vm bVI bVII

Cm E F Gm Am B

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Iniciação Teórica
Em meados de 1030, o Monge Beneditino Guido d'Arezzo, nascido na Itália, tirou o nome da primeira sílaba de cada verso de um Hino Litúrgico feito em memória a São João Baptista, que dizia o seguinte:

UT queant laxis,Para que nós, servos, com nitidez
Resonare fibrise língua desimpedida,
Mira gestorumo milagre e a força dos teus feitos
Famuli tuorumelogiemos,
Solve pollutitira-nos a grave culpa
Labii reatumda língua manchada
Sancte Joannesó São João!

Usando como nota básica a sílaba UT e para as demais Ré, Mi, Fá, etc...

Algum tempo depois, o maestro italiano Giovanni Battista Doni, percebendo que “UT” não era fácil de ser cantado, pelo fato de terminar em consoante, mudou-o para Dó, utilizando a primeira sílaba de seu sobrenome.

A ARTE, como dizem os antigos, é a revelação do belo. Conforme os meios de
expressão, podemos dividir as artes em:
1.
Artes Visuais (ou Artes Plásticas) - cuja percepção é visual, imediata e
completa, por exemplo arquitetura, escultura, pintura, etc. A obra uma vez
terminada, não precisa mais de intermediário para ser percebida.
2.
Artes Sonoras - cuja percepção é auditiva e sequencial, por exemplo, música.
A matéria prima é o som. Os sons existem enquanto os intérpretes cantam, tocam
ou declamam.
3.
Artes Combinadas - por exemplo, teatro, ópera, balé, cinema, etc.

A Música, arte de combinar os sons, vem sendo cultivada desde as mais remotas eras. Os chineses, três mil anos antes de Cristo, já desenvolviam teorias musicais complexas como, por exemplo, o círculo das quintas. Para os gregos e romanos, a musa EUTERPE tinha a atribuição especial de proteger a música. Para os católicos, a padroeira dos músicos é SANTA CECÍLIA, uma musicista cristã sacrificada no ano 232 d.C.

A música, escrita pelo compositor, para ser percebida pelo ouvinte, necessita de um intermediário, ou melhor, de umintérprete. A música não é apenas uma arte, mas também uma ciência. Por isso os músicos (compositores ou intérpretes) precisam, além de talento, uma técnica específica, bem apurada; e esta se aprenda durante longos anos de estudo. Para alcançar nível profissional competitivo, o músico precisa ter talento, força de vontade e perseverança. Alguns instrumentistas limitam-se apenas a dominar a técnica de seu instrumento. Estes nunca irão atingir a perfeição, pois, além da habilidade mecânica, o músico precisa ter o domínio de toda ciência musical, que se estrutura em várias disciplinas: teoria (básica) da música, solfejo, ritmo, percepção melódica, rítmica, tímbrica e dinâmica, harmonia, contraponto, formas musicais, instrumentos musicais, instrumentação, orquestração, arranjo, fisiologia da voz e fonética, psicologia da música, pedagogia musical, história da música, acústica musical, análise musical, composição, regência e técnica de um ou mais instrumentos musicais específicos. Essas disciplinas, também chamadas de Teoria Geral da Música, são um meio e não um fim. No entanto, são um meio indispensável. Essas disciplinas sintetizam as experiências de todas as gerações de compositores e de músicos do passado. Apresentam sugestões, conselhos e recomendações, e não regras rigorosas e intransigentes.

MÚSICA é a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo.

As principais partes de que a música é constituída são:
1.
MELODIA - conjunto de sons dispostos em ordem sucessiva
(concepção horizontal da música).
2.
HARMONIA - conjunto de sons dispostos em ordem simultânea
(concepção vertical da música).
3.
CONTRAPONTO - conjunto de melodias dispostas em ordem simultânea
(concepção ao mesmo tempo horizontal e vertical da música).
4.
RITMO - ordem e proporção em que estão dispostos os valores positivos e
negativos do som.

SOM é a sensação produzida no ouvido pelas vibrações de corpos elásticos. Uma vibração põe em movimento o ar na forma de ondas sonoras que se propagam em todas as direções simultaneamente. Estas atingem a membrana do tímpano fazendo-a vibrar. Transformadas em impulsos nervosos, as vibrações são transmitidas ao cérebro que as identifica como tipos diferentes de sons. Consequentemente, o som só é decodificado através do cérebro.

A Vibração Regular produz sons de altura definida, chamados sons musicais ou notas musicais. Por exemplo, o som do piano, do violino, etc.
A Vibração Irregular produz sons de altura indefinida, chamados de barulhos. Por exemplo, som do motor de um avião, de uma explosão, etc.

Na música são usados não somente sons regulares (instrumentos musicais com notas definidas), mas também sons irregulares (instrumentos de percussão).

Notas

A mais importante característica do som é a altura.
Até o século XI a altura era a única característica grafada. No século XII inicia-se a definição da duração. O timbre começa a ser indicado a partir do século XVI e a intensidade a partir do século XVII.

A música foi cultivada durante muito tempo por transmissão oral, de geração em geração. As origens da notação musical ocidental encontram-se nos símbolos taquigráficos gregos - notação fonética. Do século V ao século VII foi aperfeiçoado um sistema de neumas, uma espécie de mnemônica, que não definia a altura exata, apenas dava uma idéia aproximada da melodia. Por volta do século IX surge a pauta. A princípio consistia em uma única linha horizontal colorida (vermelha - representava a nota Fá), à qual foi posteriormente acrescentada outra linha colorida (amarela - representava a nota Dó). Guido d'Arezo (992 - 1050) sugeriu o emprego de três e quatro linhas (o canto gregoriano utiliza até hoje o tetragrama). Opentagrama, sistema de cinco linhas paralelas, conhecido desde o século XI, foi adotado apenas no século XVII.

Embora sejam inúmeros os sons empregados na música, para representá-los bastam somente sete notas:

Nome das notas
SiMiSol

A estes monossílabos (sistema silábico introduzido por Guido d'Arezo), usados predominantemente em línguas latinas, correspondem as sete letras (sistema alfabético introduzido pelo Papa Gregório Grande, 540 d.C.) usadas em inglês, alemão, grego, etc.
Cifras
ABCDEFG

Curiosidade: A letra “B” representa a nota “Si”em inglês; enquanto, em alemão, a letra “B” representa a nota “Si bemol” e a letra “H” representa a nota “Si”.

Criado Por: flaviandekson